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A tão desejada estrada entre Vale das Mós e S. Facundo.

   As aldeias de São Facundo e Vale das Mós, em Abrantes, localidades vizinhas e com relações históricas de amizade, estiveram separadas durante décadas por uma estrada de cinco quilómetros em terra batida, intransitável, com mais crateras do que buracos, e que afastava mais do que unia. A luta, muitas vezes travada nos silêncios dos gabinetes, atravessou várias gerações de autarcas das duas freguesias e culminou em janeiro deste ano, com a promessa cumprida pela atual presidente de Câmara, que investiu dos cofres municipais cerca de 350 mil euros para uma estrada condigna. O mediotejo.net juntou três gerações de autarcas num brinde ao momento que aproxima as localidades e consolida uma amizade à base de betão.

“Ainda não houve inauguração mas já se circula na nova estrada e isso é que importa, depois de décadas afastados e onde as pessoas tinham de dar uma volta enorme por Bemposta”, regozijou-se António Campos, o atual presidente da União de Freguesias de S. Facundo e Vale das Mós, numa entrevista com visita guiada por autarcas de várias gerações pelos cerca de 3,5 quilómetros de estrada a estrear, a Estrada Municipal 556, “com valetas, marcações laterais e centrais no asfalto, e tudo”.

“Há ali dois pormenores para serem retificados, mas, em Abrantes, não há estrada municipal como esta”, contou o autarca que gere a União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós, visivelmente agradado, sendo secundado pelos seus antecessores, António Rodrigues, 61 anos, presidente da freguesia de Vale das Mós durante 23 anos [1986-2009], e Manuel Bispo, 79 anos, que liderou os destinos de São Facundo durante dois mandatos [2001-2009], depois de 16 anos como secretário na junta de freguesia.

Abrantes | São Facundo e Vale das Mós - uma União de betão (C/VIDEO)
António Rodrigues presidiu à junta de Vale das Mós durante seis mandatos, sempre reivindicando a ligação à aldeia vizinha de São Facundo. António Campos, atual presidente, deu continuidade à luta e concretizou a antiga aspiração. Foto: mediotejo.net

“Vem resolver um problema de acessibilidades, ligar as duas localidades e facilitar o acesso ao concelho de Ponte de Sor onde trabalha muita gente”, destacou António Campos, relativamente a um troço de estrada em terra batida, com uma extensão de 3.470 metros,

“Sabe”, continuou, “foi uma reivindicação de muitos anos e feita por muita gente. Digo-lhe: 70 a 80% das pessoas já não acreditava que a estrada fosse feita. Mas ela aqui está e já se nota a diferença no comércio e no movimento nas aldeias”, frisou Campos, tendo feito notar que “muita gente lutou e merece estar contente com a construção da estrada”, uma antiga aspiração que a atual presidente de Câmara, Maria do Céu Albuquerque, concretizou.

“Foi uma promessa da atual presidente e foi uma promessa cumprida”, reconheceu António Campos, tendo feito notar que a amizade entre os habitantes de ambas as aldeias nunca foi afetada, apesar dos “desencontros” por via da falta de acessibilidades e ligação direta entre as localidades.

“São Facundo e Vale das Mós sempre tiveram uma excelente relação e com esta estrada mais nos aproxima e consolida esta amizade”, destacaram os três autarcas, um em exercício, os outros na reforma. “Esta estrada é uma luta de há muito tempo e a sua construção merece uma festa. Vamos pensar nisso”, prometem.

Trata-se de um investimento que teve um valor base de cerca de 437 mil euros e que foi adjudicado por 332 mil euros (+ IVA), troço que há muito tempo era aguardado pela população dado que estas duas localidades eram ligadas por uma estrada de terra batida e em condições difíceis de circulação e que passou agora a ter um perfil de via com 7,5 metros e faixas de rodagem de 5,5 metros, limitadas por valeta e berma.

“Esta é uma aspiração de décadas de duas comunidades. Houve sempre compromissos eleitorais de fazer isto e finalmente temos reunidas as condições para que isto aconteça e a obra está a começar e vamos ligar duas populações na mesma freguesia que não tinham ligação entre si”, disse Maria do Céu Albuquerque em 2017, no âmbito de uma visita guiada a algumas das principais obras que estavam a marcar o concelho.

Fonte: mediotejo.net 19 janeiro 2018

AS CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO DE FREGUESIAS VALE DAS MÓS/S. FACUNDO

Dia 05 fevereiro 2015 Jornal Ribatejo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cem rumos abre caminhos em Vale das Mós

 

Depois das actividades para crianças durante o ano lectivo surgiram este ano as “Férias de Verão”

A Associação Juvenil Cem Rumos foi criada no Vale das Mós, concelho de Abrantes, há 12 anos. Ao leme está um grupo de jovens que tem procurado dar resposta às dificuldades que os pais sentem por não existir um local onde os seus filhos possam desenvolver actividades adequadas às suas idades. Numa altura em que as associações têm dificuldades em atrair os mais novos, a Cem Rumos apresenta resultados positivos a esse nível. “O nosso objectivo era promover o desporto, a cultura, o lazer e o ambiente. Mas quando há cerca de seis anos o ATL (Atelier de Tempos Livres) fechou, deixando a terra sem nada direccionado para as crianças, sentimos que podíamos dar resposta”, refere Ricardo Dias, presidente da associação.

A Cem Rumos criou então um projecto de ateliers que decorre durante todo o ano lectivo. Este Verão, pela primeira vez, está a acompanhar os mais novos com o programa “Férias de Verão”. A iniciativa surgiu a pedido dos pais e encontra-se a decorrer até ao dia 5 de Setembro. “Foi uma aposta em grande que está a correr muito bem. Realizamos actividades sociais e educacionais, vamos à piscina, cuidamos de uma pequena horta, convivemos com os mais idosos e conhecemos um bocadinho mais a aldeia”, explica o jovem presidente.

As actividades são planeadas semanalmente pelos jovens que se voluntariam para ajudar e acompanhar as iniciativas. É graças à sua receptividade que é possível trocar de monitores de duas em duas semanas. “Esta tem sido uma experiência enriquecedora para a associação. As iniciativas com as crianças são gratificantes porque existe participação dos pais e sentimos que o nosso trabalho é valorizado. Neste momento somos 17 elementos na associação com idades compreendidas entre os 16 e os 33 anos, e vivemos todos cá. Uma das nossas ambições é levá-los a um intercâmbio mas para já ainda são muito novos”, conclui Ricardo Dias.

O saldo do trabalho desenvolvido é positivo mas ainda há um longo caminho a percorrer para mudar as mentalidades. A associação está aberta a todos os jovens e é bem vista pela população, que considera as actividades educacionais como uma mais-valia. A maioria dos jovens que integram a associação vive e trabalha no concelho de Abrantes, mas alguns estudam fora e apenas vêm ao fim-de-semana. Com o intuito de unir não só os jovens mas todas as gerações também se têm realizado workshops, festas de Carnaval e de Halloween mas são as iniciativas com os mais novos que têm o dom de unir filhos, pais e avós. Em Setembro, quando as aulas recomeçarem, os ateliers voltam a abrir aos sábados e será realizada uma pequena queima das fitas no Centro Paroquial.

A sede da associação funciona na antiga escola primária. O edifício foi cedido pela autarquia em 2013 através de um protocolo que terá a duração de cinco anos. A Cem Rumos conta com o apoio dos seus sócios, que andam à volta de 120, da Câmara Municipal de Abrantes através do programa Finabrantes, da junta de freguesia e de algumas empresas.

 

“Jovens continuam presos a uma mentalidade antiga”

Dois dos jovens que integram a associação admitem que viver numa aldeia tem vantagens e desvantagens. A principal vantagem é a qualidade de vida. “Viver no Vale das Mós é muito bom. Felizmente tive emprego mal terminei a escola e nunca me passou pela cabeça emigrar. Mas é pena não haver evolução. Isto é uma aldeia típica do interior com muitos jovens que continuam presos a uma mentalidade antiga”, refere Ricardo Dias, 26 anos, assistente operacional no Hospital de Abrantes.

Também Ana Neto, 30 anos, que é auxiliar de educação, afirma ser complicado implementar coisas na aldeia. “Nunca sabemos como é que as pessoas vão reagir e é difícil criar actividades porque as pessoas daqui não são muito participativas. Às vezes é mais fácil trazer pessoas de fora do que atrair os que são daqui. E este sim é um dos principais problemas de viver no Vale das Mós.”, desabafa.

 

Fonte: O MIRANTE 21 agostol 2014.

  • A arte dos sapateiros do Vale das Mós dura há mais de sete décadas

 


Manuel e Capitolino aproximam-se a passos largos dos 90 anos e continuam a fazer aquilo que sempre fizeram desde que aprenderam a arte com o pai. A fama do calçado saído das mãos dos dois artesãos de Vale das Mós, Abrantes, já é antiga e chega longe. Um caso de longevidade activa exemplar.

Das suas mãos saem há muitos anos botas, botins, sapatos e sandálias por medida para clientes de todas as idades.

Começaram a trabalhar quando Salazar mandava no país e Portugal era um império que ia do Minho a Timor. Numa altura em que andar calçado era um luxo inacessível a muita gente.

Muita coisa mudou entretanto, mas o quotidiano de Manuel e Capitolino Bernardino permaneceu incólume.

Os dois artesãos de Vale das Mós, Abrantes, aprenderam a arte de sapateiro com o pai após concluírem a escola primária e ao longo do tempo foram aperfeiçoando a técnica que lhes deu merecida fama. Sempre no sítio onde começaram e onde ainda hoje passam 12 horas diárias.

Com 89 anos, Manuel é casado e tem um filho que decidiu enveredar por um caminho diferente e ser psiquiatra. Capitolino, 85 anos, nunca casou.

O MIRANTE foi encontrá-los na sua oficina rodeados por máquinas da Singer e uma parede coberta de formas verdes que moldaram centenas de botas.

A arte de fazer calçado mantém-se à moda antiga e as solas são feitas à mão. O calçado é produzido com pele de vitela e a sola é de couro de boi.

Continuam a trabalhar porque é uma forma de se entreterem.

Fonte: O MIRANTE 29 Jul 2014.

 

  •  31/07/2013 Vale das Mós é noticia na imprensa pelos piores motivos "ATO DE VANDALISMO"

 Autocarro da rodoviária do tejo incendiado

Um autocarro da Rodoviária do Tejo, estacionado em Vale das Mós, Abrantes, foi totalmente destruído por um incêndio, que terá resultado de um ato de vandalismo. Ocorreu de madrugada e foi combatido pelos Bombeiros Municipais.

Um autocarro da Rodoviária do Tejo foi incendiado na madrugada desta terça-feira, 30 de Julho, na Rua do Convento, em Vale das Mós, freguesia do concelho de Abrantes. O fogo ocorreu cerca das 02h50 e foi extinto pelas 4h40. Ao local foram chamados os Bombeiros de Abrantes e a GNR, que está a investigar o caso. De acordo com Orlando Ferreira, administrador executivo da Rodoviária do Tejo, depois das peritagens efectuadas ao veículo tudo aponta para que a causa não tenha sido uma falha mecânica ou eléctrica, mas sim vandalismo.

Contactado por O MIRANTE o presidente da Junta de Freguesia de Vale das Mós, Joaquim Espadinha, diz ter chegado ao local pouco antes das quatro da madrugada, altura em que o incêndio já estava em fase de rescaldo e só sobravam as chapas do veículo. O muro junto ao local onde estava estacionado o veículo ficou destruído, bem como os cabos de telecomunicações. Joaquim Espadinha não tinha conhecimento de queixas de qualquer falha nas linhas telefónicas na freguesia.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que autocarros da Rodoviária do Tejo são incendiados. Em Fevereiro de 2010, foram incendiadas quatro viaturas no terminal rodoviário de Tomar. O tribunal da cidade acabou por condenar a cinco anos de prisão com pena suspensa o jovem acusado de ter incendiado os autocarros, o qual voltou a ser o principal suspeito de lançar fogo a mais três viaturas na madrugada de 22 de Novembro de 2012, em Calçadas, Tomar.

Fonte: O MIRANTE Edição de 2013-08-01.

 

  • Empreitada de Requalificação da Estrada entre Bemposta e Vale das Mós ano 2013.

 

Como vivemos em democracia a nossa camara realizou uma empreitada para melhorar as acessibilidades à nossa aldeia, pena é que as eleições para as autarquias só se realizem de quatro em quatro anos.

Em democracia a verdade, isenção, responsabilidade, sentido de cidadinia, honestidade e outras devem estar presentes da nossa sociedade e muitas vezes estes valores são ignorados. Quando leio alguns documentos de algumas intituições publicas fico sem saber se estamos em democracia e sabem porquê?  Ainda não consegui ler quando se inicia a obra, porque sabendo o seu inicio sei que o seu terminus será 120 dias após o seu inicio.

Abaixo descrição da empreitada

Informações Gerais

  • Local: Freguesias de Bemposta e Vale das Mós
  • Concelho: Santarém » Abrantes
  • Tipo: Empreitada
  • Fase: A decorrer
  • Data Publicação DR: 2013-03-15
  • Data Limite entrega de Propostas: 2013-04-22
  • Data Publicação do Resultado: 2013-05-22
  • Valor Base: €399.915
  • Responsável: Sr. Presidente Maria do Céu de Oliveira Antunes Albuquerque

A proposta de deliberação apresentada pela Presidente da Câmara, para aprovação da minuta do contrato da Empreitada de Requalificação da Estrada entre Bemposta e Vale das Mós, foi aprovada por unanimidade em reunião de Câmara de 8 de julho 2013.                                                                                                                                                                                            A obra será executada pelo Consórcio Asibel – Asibetumes, num período de 120 dias, pelo valor de 335.607,55€ (trezentos e trinta e cinco mil seiscentos e sete euros e cinquenta e cinco cêntimos), acrescido do IVA a taxa legal em vigor.                                                                                                                                                                                              As obras de requalificação irão incidir sobre a faixa de rodagem, bermas, valetas, aquedutos, passagens hidráulicas, restabelecimento de serventias e beneficiação da sinalização vertical, horizontal e equipamento de segurança.

CONCLUIDA NO MÊS DE JUNHO DE 2014

Fonte: CMAbrantes

 

  • Chamas deflagraram em Vale das Mós concelho de Abrantes.

 Um incêndio em floresta deflagrou, sábado, 21 de julho 2012, às 14.56 horas, na localidade de Vale das Mós, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, e chegou a ser combatido por 154 operacionais, segundo informação da Proteção Civil. Este incêndio foi dominado às 18 horas.

 

  • Bombeira morre a caminho do incêndio em Vale das Mós.

 Os Bombeiros Municipais de Abrantes sofreram um acidente com um Veículo Tanque Táctico Urbano (VTTU) onde seguiam a caminho do incêndio que deflagrou esta tarde 21 de julho de 2012, cerca das 15h00, em Vale das Mós, Abrantes. Do despiste resultou a morte da bombeira Paulina Pereira, 47 anos.

 

Fonte: Jornal Abarca 21 julho 2012

 

  • Falta de médico de família em Vale das Mós (Abrantes)

Pergunta ao Governo N.º 819/XII/1

Em Junho de 2009 apresentei uma Pergunta ao Governo sobre a falta de médico de família na Freguesia de Vale das Mós no concelho de Abrantes. Em Março de 2009, os 750 habitantes daquela freguesia foram confrontados com um aviso afixado na Extensão de Saúde informando que, por motivo de serviço, não haveria consultas naquela unidade de saúde por período indeterminado. Os utentes teriam de recorrer à consulta de recurso em Abrantes. Desde então, os utentes de Vale das Mós passaram a ter de se deslocar 20 quilómetros até à consulta de recurso em Abrantes, acontecendo algumas vezes não conseguirem vaga porque a situação no concelho tem vindo a agravar-se com falta de médicos provocando o entupimento das consultas de recurso. A resposta enviada pelo Governo em 13 de Julho de 2009, informava que a ARSLVT e o ACES estavam a desenvolver esforços para encontrar uma solução que permitisse a retoma da consulta médica no local, que reconhecia ser da maior utilidade e conveniência para os utentes. Acontece porém que passaram mais de dois anos e dois meses sobre a resposta recebida, o Governo foi entretanto substituído, e o problema não foi resolvido. Os utentes de Vale das Mós continuam a não ter médico de família e a ter de se deslocar a Abrantes à consulta de recurso. Nestes termos, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, pergunto ao Governo, através do Ministério da Saúde, que medidas vão ser tomadas para que os utentes de Vale das Mós voltem a dispor do médico de família a que têm direito.

 

  

Azeites BairrãoA empresa Zé Bairrão está a dar os primeiros passos na exportação dos seus produtos. O azeite, que integra a acção promocional Azeites da Nossa Terra da Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, em breve estará na Áustria e já tem contactos para ir para o Brasil e Angola.
O azeite virgem extra Zé Bairrão está à prova em 13 restaurantes dos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal até à Páscoa, mas nos próximos meses poderá ser experimentado pelos consumidores austríacos. O contacto nasceu há dois anos, na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde José Carlos Bairrão esteve a representar o seu produto a convite do Município de Abrantes.
A empresa austríaca interessou-se pelo método tradicional como é produzido o azeite e manteve o contacto. Apesar dos 3 mil litros de azeite que vai exportar não levarem a sua marca, Zé Bairrão irá configurar nas garrafas como produtor, facto que é visto de forma positiva pelo proprietário.
Mas não é só a Áustria que vai ser contemplada com este magnífico azeite, resultante das prensas e do moinho de galgas cónicas, a marca Zé Bairrão já está registada no Brasil. José Carlos Bairrão espera também ser visitado por uma empresa exportadora que pretende levar vários produtos portugueses para o mercado angolano, entre os quais este azeite de Vale das Mós, em Abrantes. O proprietário de um dos últimos lagares tradicionais do Ribatejo Interior está ainda a preparar os contactos com outras empresas exportadoras do Luxemburgo e da Rússia.
Embora, a marca Zé Bairrão só seja encontrada em lojas de bairro/mercearias da região e em estabelecimentos de restauração em Ponte de Sôr, Almeirim, Santarém e Tomar, o produtor perspectiva exportar 20 % dos 60 mil litros de azeite que produziu na última campanha.
Fonte: TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Quinta-feira, 31 Março de 2011.

 

Azeites virgem extra 'Zé Bairrão' conquistam mercados do Brasil e Áustria com métodos tradicionais

Com uma aposta na produção de azeites através de métodos tradicionais e na azeitona galega, a Casa Zé Bairrão, de Vale das Mós, Abrantes, conquistou os mercados do Brasil e Áustria, para onde vai começar a exportar. A produção, que assenta em olivais tradicionais com mais de 70 anos e englobam uma área de 80 hectares, atingiu as 60 toneladas de azeite na última campanha e envolveu um volume de negócios de 200 mil euros, perspetivando o produtor exportar este ano, pela primeira vez, 20 por cento deste montante para a Áustria e Brasil.

O restante, segundo José Bairrão, proprietário de um dos últimos lagares tradicionais do Ribatejo Interior, será para o mercado interno, nomeadamente lojas de bairro, mercearias da região e estabelecimentos de restauração.

O responsável afirmou ainda estar a “ultimar contactos” com outras empresas exportadoras e importadoras de países como o Luxemburgo, Angola e Rússia, sendo a “máxima qualidade dos azeites” a sua estratégia para apresentar aos mercados um “produto bom e de excelência”, para onde possa estabelecer negócios comerciais.

 

Fonte: Jornal Torrejano, em: 16-07-2011.

 

  • Vale das Mós esteve em festa, no passado sábado, para comemorar os seus 25 anos de freguesia. A mais nova das 19 autarquias do concelho de Abrantes reclama um loteamento municipal para combater a desertificação.

  

PresidentesTem infra-estruturas, pacatez e a qualidade de vida que só os pequenos aglomerados possuem. A freguesia de Vale das Mós resultou da desanexação de São Facundo e a partir daí desenvolveu-se. “Se não fossemos freguesia dificilmente teríamos os equipamentos que temos hoje e ainda falta muita coisa”, diz António Rodrigues, o primeiro presidente desta autarquia, cargo que manteve durante 23 anos.

“Foi eleito em 1986 e três anos depois inaugurámos a sede da junta e o posto médio. A seguir veio a casa mortuária, em 1997 as piscinas e, por fim, o parque de festas e desportivo, com instalações para as associações”, recorda o autarca, salientando que “o mais marcante foram as pessoas, pessoas extraordinárias que sempre se empenharam em desenvolver Vale das Mós, assim como os presidentes de câmara com quem trabalhei o Eng. Bioucas, Humberto Lopes e Nelson de Carvalho”.

Em 2009, por opção própria António Rodrigues não se recandidatou, sucedendo-lhe Joaquim Espadinha. Reconhecendo o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, o novo presidente de Vale das Mós vira as suas atenções para o combate à desertificação: “O nosso principal problema é não conseguirmos segurar os nossos jovens por não haver um loteamento municipal, motivo que os faz sair para Abrantes e Ponte de Sor. Se o PDM desse condições, os jovens poderiam manter-se aqui e Vale das Mós teria mais habitantes e mais eleitores. Estou a fazer todos os esforços para se criar um loteamento municipal para que os jovens da nossa terra fiquem na freguesia”.

O projecto faz parte do leque de investimentos da Câmara Municipal, como afirmou a presidente Maria do Céu Albuquerque, presente nas comemorações das bodas de prata de Vale das Mós. “Existe um projecto de loteamento municipal para Vale das Mós, tal como fizemos em São Facundo e na Bemposta, para que, a preços mais competitivos, os jovens possam construir as suas habitações”. Disse também que a revisão em curso do PDM “vai permitir que jovens, ou não jovens, que queiram possam construir nesta freguesia”.

Fonte: abarca.com.pt

 

  •   António Rodrigues o “eterno” presidente

 

“Sempre gostei muito desta terra e o que faço é por amor a ela”, afirma António Silvério Rodrigues, 47 anos, natural de Vale das Mós, é até agora o único presidente desta freguesia do concelho de Abrantes, criada em 1985, por desanexação das autarquias de S. Facundo e da Bemposta. Uma freguesia cor-de-rosa de cima a baixo porque nas últimas autárquicas não houve um único elemento de outro partido que não fosse o PS a ser eleito. Junta e assembleia têm uma única cor.

António Rodrigues nasceu e cresceu em Vale de Mós. Nunca viveu noutra terra nem pensa fazê-lo. “Gosto muito disto e não se engane, a terra chama-se Vale das Mós, não de Mós, como às vezes aparece escrito”, frisa com ênfase, não vá haver algum engano.

O cargo que desempenha desde 1986, quando depois das autárquicas foi eleito presidente da nova autárquica, foi a sua primeira experiência política. “Nunca tinha estado ligado à política. Era um desportista e fui um dos fundadores do Grupo Desportivo de Vale das Mós, tinha eu 16 anos”. O seu orgulho por esta iniciativa é evidente, António Rodrigues gaba-se da equipa ter obtido uma óptima classificação: “Para mim é uma honra, termos ficado em terceiro lugar num campeonato do INATEL. Ganhámos às melhores equipas”.

Casado e pai de duas filhas a mais velha das quais já licenciada e a querer fixar a sua residência em Vale das Mós António Rodrigues trabalhou durante muitos anos numa das grandes empresas da zona: “Era chefe de secção, mas tive de reformar-me por causa de um problema de saúde. Agora dedico todo o meu tempo à junta, mas sempre fui assim. Quando me envolvo em alguma coisa empenho-me a sério”.

Foi também com empenho que o actual presidente encabeçou o grupo que defendeu a independência de Vale das Mós: “Tinha de ser assim, pertencíamos à freguesia de S. Facundo, mas a maior parte da área estava na freguesia da Bemposta, a maior do concelho”.

O presidente continua a residir em Vale das Mós, já bem perto da Bemposta, mas como acontece nas terras pequenas é chamado para tudo e ele próprio quer estar por dentro dos assuntos: “É difícil ser presidente da junta, por mais que se faça nunca está tudo feito. Ainda agora me pediam um banco de jardim e querem o estacionamento regulado na rua principal, mas isso depende da câmara como estou cansado de dizer”, desabafa sem antes acrescentar “Mas eu gosto”.

Depois de terminado todo o processo burocrático, António Rodrigues candidatou-se como independente, com o apoio do PS à presidência e ganhou, já lá vão 18 anos: “Concorri sempre como independente só, recentemente, me filiei no PS porque penso que o partido precisa de pessoas como eu”.

Mas para além de António Rodrigues ser um “dinossauro” na presidência, toda a junta foi sucessivamente reeleita desde 1985: “Já não podemos contar com o secretário porque, infelizmente, morreu, mas o tesoureiro ainda é o mesmo”. Também na assembleia de freguesia as mudanças têm sido poucas e, nas anteriores autárquicas, um único partido foi eleito para todos os cargos. “Junta e assembleia somos todos do PS, o que até é mau. Se houvesse outro partido era melhor porque apontava mais rapidamente o que está mal. Assim somos só nós, o que não quer dizer que não vejamos as coisas e não tentemos resolvê-las”.

Presentemente os destinos desta freguesia estão a cargo de António Rodrigues, António Bernardino Florêncio (secretário) e José de Matos Fernandes (tesoureiro). Da assembleia fazem parte Luís Felício Francisco (presidente), José Ricardo Peixe, Francisco Fernandes Correia, Joaquim Nobre Narciso, José Manuel Neto Rodrigues e Ricardo Guerreiro.

   

O poder local aqui tão perto

 Só falta o saneamento básico e um médico todos os dias.

 O paraíso em Vale das Mós

 Em Vale das Mós, freguesia do concelho de Abrantes há trabalho para todos quer sejam novos ou velhos. Há bons equipamentos sociais, piscina incluída, bons ares e poucos barulhos civilizacionais. O pior é o saneamento básico que tarda a chegar. Mas todas as melhorias foram conseguidas depois da elevação a freguesia.

Os moinhos de água que outrora se multiplicavam junto à ribeira deram nome à aldeia de Vale das Mós, sede de freguesia com o mesmo nome, que agrega também as aldeias de Ramalhais e Pessegueiro. Hoje, as mós servem para ornamentar as entradas dos portões e dos velhos moinhos restam três a caírem aos pedaços.

Nos limites do concelho de Abrantes, bem junto a Ponte de Sor, Vale das Mós é uma espécie de oásis. Localizada num vale verdejante, que os fogos do último Verão não atingiram, a população de Vale de Mós vivia até há algum tempo do corte de árvores, da floresta que cobre os montes que ladeiam a povoação. Actualmente, as fábricas e as oficinas ocupam a maior parte da população activa da freguesia.

Primeiro foi construído o edifício da junta, do posto médico com dependências para a segurança social, depois ocupadas pelos correios e, presentemente pela Associação de Caça e Pesca. O imóvel tem as condições exigíveis, mas só há médico duas vezes por semana. A enfermeira vem três vezes. Uma situação pior do que a que existia antes do 25 de Abril, segundo o presidente da junta.

As piscinas, situadas logo ao pé da sede da junta, são o ex-líbris do trabalho autárquico. Foram financiadas pela PEGOP (Central do Pego) e pela Associação Tagus e encontram-se em funcionamento desde 1997. A aposta neste equipamento foi uma forma de resolver e alguns problemas de droga existentes na zona. E se não resolveu definitivamente o problema possibilita aulas de natação a 600 crianças das freguesias de Bemposta, S. Miguel, Pego, S. Facundo e Concavada, para além de Vale das Mós. Mas a frequência não se restringe às crianças, os registos apontam a entrada de uma média diária de 200 pessoas.

Igualmente inusual é a existência de um complexo com creche, jardim-de-infância, ATL e centro de dia para a terceira idade. Trata-se do Centro Social Paroquial, uma instituição particular de segurança social (IPSS), gerida pelo pároco Manuel Mendonça e pelas religiosas da congregação da Aposentação de Maria.

A estrutura, instalada junto à igreja em honra de Nossa Senhora de Fátima, emprega 27 pessoas distribuídas pelas várias valências e também pela horta e pela pecuária. As refeições, que rondam as 200 diárias, são confeccionadas com muitos destes produtos.

O centro de dia tem 7 idosos, dá apoio domiciliário a 77 e a grande aposta é a construção de um lar ou centro de noite. Na zona dedicada aos mais novos, os três serviços contam com a frequência de 90 crianças. A creche tem 15 crianças, o jardim-de-infância 45 e em ATL 30. Mas nem todas são de Vale de Mós, o centro apoia também as freguesias de Bemposta, S. Facundo e Alvega.

A casa mortuária e um novo cemitério são outras das obras feitas. “A casa mortuária foi muito contestada, achavam que não era necessária porque as pessoas eram veladas em casa. Mesmo assim avancei com a obra e agora ninguém é velado em casa”.

Mas os equipamentos não ficam por aqui. Junto ao antigo campo de futebol e do ringue está em construção um parque desportivo com instalações para as festas da freguesia ou particulares, um ginásio e salas para as quatro associações da freguesia: Associação de Caça e Pesca, “cem Rumos”, Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Vale de Mós e o Grupo Desportivo.

Para uma terra de pouco mais de 700 eleitores e um Fundo de Fomento para as Freguesias de aproximadamente vinte e seis mil euros, a construção de tantas obras é quase milagre. A fórmula mágica é dada pela própria população que gratuitamente trabalha na construção destes equipamentos. E novos empreendimentos se avizinham. António Rodrigues quer construir, e já tem terreno para isso, um campo de ténis, ao pé das piscinas.

Apesar de pequena, a freguesia tem muita gente nova, a escola primária tem 20 alunos e, na opinião de António Rodrigues, cada vez haverá mais miúdos. Os casais jovens estão a fixar-se na aldeia e já não ficam só com um filho como acontecia há uns anos. A estatística é feita na festa natal promovida pela junta para as crianças dos 0 aos 12 anos.

Menos bom é o encerramento da telescola no próximo ano. Com o fim da escola básica mediatizada, as crianças do segundo ciclo têm de ir para Abrantes, o que as obriga a estarem fora de casa das 7 da manhã às 9 da noite, por causa dos transportes, apesar de haver vários autocarros durante a manhã e à tarde para a sede do concelho.

O saneamento básico é outro dos motivos de preocupação de autarcas e população. O projecto está feito, mas falta a sua concretização. Entretanto, a câmara, através de uma empresa, garante a limpeza das fossas particulares, gratuitamente, uma vez por ano. Quem precisar de despejar a fossa segunda vez paga o metro cúbico a 32 euros e cada tanque tem entre 5 a 6 metros cúbicos.

O verde impera nestes confins do concelho de Abrantes. O ar é leve, ouve-se o canto dos pássaros e sente-se o cheiro da terra. Barulho estranhos só mesmo os dos veículos motorizados que cruzam a estrada a caminho de Ponte de Sor. Males da civilização a que ninguém quer renegar.

 O jornal “o Mirante” Edição de 20-11-2003