Atualmente tem 561 habitantes (sensos 2011) em 2001 tinha 706 habitantes e uma área de 22.69km2. Localiza-se no extremo sul do Concelho de Abrantes, ou seja, na fronteira do Alto Alentejo e Ribatejo. A paisagem assim o indica: o sobreiro é a árvore dominante, mas a oliveira também está representada.
Novel freguesia criada em 1985 a partir de lugares desanexados da de S. Facundo, Vale das Mós já é referida num documento de 16 de Outubro de 1513, o qual consta do acervo do Arquivo Histórico do Concelho de Abrantes.
Vale das Mós situa-se na denominada Zona Sul do concelho, caracterizada claramente pela ocorrência simultânea de elementos definidores dos traços das paisagens ribatejana e alentejana. O sobreiro é a árvore dominante embora o olival assuma também grande expressão. Ao maior peso do olival associa-se a ocorrência de áreas de regadio.
Dentro da Zona Sul há duas subzonas, integrando-se Vale das Mós na parte oriental em que a altitude mais frequente ronda os 150 metros subindo até aos duzentos metros nas zonas mais elevadas, mas pouco ultrapassando a cota 100, nas depressões. O território da freguesia é quase exclusivamente constituído por formações do Cenozoico moderno que cobrem o solo antigo formado essencialmente por terrenos de Pré-câmbrico. Os terrenos das formações antigas (hercínicas) cobrem grande parte do território sendo constituídos indiscriminadamente por arenitos argilosos, areias e cascalheiras de planalto. Aqui há ainda um importante afloramento de granitos e de rochas quartzo dioríticas. Tais afloramentos encontram-se muito alterados pelo que não permitem o seu aproveitamento.
Quanto aos solos, apesar de na Zona Sul, a classe de capacidade agrícola ter uma menor expressão e o predomínio ser das classes C e D, nos vales mais férteis, caso do Vale das Mós, surgem manchas apreciáveis de solos pertencentes à classe B. Tudo isto explica por que razão o sector primário é preponderante na economia da freguesia, centrada em volta das produções agrícolas (arroz, milho e tomate) para além da olivicultura e da pecuária. Sendo também uma zona florestal constituída por pinheiro, eucalipto e sobreiro, é bastante assinalável a produção de cortiça.
Em termos de movimento associativo no concernente às associações de âmbito cultural, recreativo e desportivo, embora a freguesia se encontre representada a todos os níveis, é, segundo o último P.D.M. de Abrantes, uma das que regista menor número de associações. Em contrapartida Vale das Mós é das poucas freguesias onde todas as associações existentes se encontram legalmente constituídas. Sendo as associações desportivas (Clube Cultural e Recreativo de Vale das Mós, Associação Juvenil Cem Rumos e a Associação Desportiva Caça Pesca Vale das Mós) que a nível concelhio registam um maior índice de legalização e uma maior atividade, o mesmo não poderia deixar de acontecer em Vale das Mós.
Mas uma atividade bastante importante aqui na freguesia é o folclore que encontra a maior expressão no Grupo Folclórico e Etnográfico "Os Camponeses de Vale das Mós". Fundado em 22 de Novembro de 1992 com publicação no Diário da República em 5 de Fevereiro de 1993, desde o início tem centrado as suas preocupações na recolha e divulgação do folclore da região, procurando-o fazer com o maior rigor.
Não faltam poetas no Ribatejo e em Vale das Mós não se foge à regra, como portugueses da melhor cepa que se prezam de ser. E o amor, como de resto no mundo inteiro, é uma importante fonte de poesia: "Meu amor estás dormindo / Deitado na tua cama / Levanta-te e vem ouvir / As vozes de quem te ama".
Fonte: Anafre.